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quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

"Convite Cordial"



"Convite Cordial é uma exposição sobre a importância nos dias de hoje -consequência de uma maior globalização -, da hospitalidade e migração. A exposição explora estas questões através da noção de convite cordial, compreendido como o acto simbólico que pode ser utilizado para se negociar entre dois ou mais imaginários, e na prática, trocar ideias.

Convite Cordial é uma exposição concebida para o Edifício Transboavista e a apresentar no espaço da Plataforma Revólver: o edifício dedica-se à produção e divulgação da arte contemporânea, independente, e sua cultura. A exposição - tal como o edifício - traça (sinaliza) a função de pretender construir uma realidade global, transformando eventualmente a Plataforma Revólver num 'território transcultural', em permanente mutação.
O mundo continua a mover-se: com os ventos da globalização a empurrarem o centro de gravidade económico e artístico para leste e oriente, Portugal terá de ter uma nova ambição de estabelecer parcerias - projectos comuns - com parceiros de outras culturas e civilizações, para assim acelerar o seu desenvolvimento cultural e ter capacidade de atrair outros. Estamos num novo século, já não existem divisões artificiais.

Assim, a exposição Convite Cordial visa estabelecer relações pessoais - transculturais - que desenvolvam a troca de ideias e diplomacia; Relações e troca de ideias entre pessoas (que se preocupam com a arte contemporânea), de forma a que se criem mais rapidamente condições de comunicação para que 'estrangeiros' sejam bem recebidos e desenvolvam trabalho criativo em Portugal, e onde a arte assume um papel estratégico.

 A partir deste enunciado o propósito é constituir uma exposição organizada por um grupo de 3 comissários (Beatrice Catanzaro (IT), Dani Soter (BR) e Victor Pinto da Fonseca), que seja o reflexo do entendimento do tema: desta maneira, cada comissário apresenta uma escolha pessoal de 3 artistas, associada directamente à intercessão de algumas questões relacionadas com o tema de trabalho de forma a constituir um todo.

«No seu estudo The Turbulence of Migration sobre as inúmeras razões pelas quais as pessoas migram, Nikos Papastergiadis faz questão de incluir as viagens dos artistas. Os artistas não estão apenas entre os membros mais móveis de uma comunidade, são também, frequentemente, os batedores das transformações entre o local e o global.

Podemos distinguir duas formas pelas quais os artistas e o tema da migração podem relacionar-se. Primeiro, o próprio artista pode levar uma vida de migração; e segundo o artista pode pegar na migração como o tema do seu trabalho.

À primeira vista, poderia parecer que, relativamente aos artistas, fosse necessário distinguir cuidadosamente o termo migração do termo viagem (independentemente de curta ou longa) mas não é fácil fazê-lo. Actualmente, talvez coexistam ambos como parte de um fenómeno -a complexidade das viagens dos artistas no período moderno - cultural que permanece pouco analisado.

Talvez tenha chegado a hora de os cientistas sociais encararem a representação mais complexa da realidade que resulta da sensibilidade artística» Guy Brett

Beatrice Catanzaro, Dani Soter, Marta Sicurella, António Júlio Duarte e Gustavo Sumpta são viajantes entre culturas ou migrantes, artistas cujo trabalho seleccionei, como referência ao tema da exposição (Convite Cordial)." [Victor Pinto da Fonseca, proprietário do edifício Transboavista, parte do texto do press release]

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